AROMATERAPIA - RENASCER, RENASCIMENTO, RENOVAÇÃO COM OS ÓLEOS ESSENCIAIS

RENASCER:

Nascer de novo.

Rejuvenescer.

Renovar-se.

Ressurgir, tornar a aparecer.

Lançar rebentos.

Corrigir-se, emendar-se.

“Ninguém ainda sabe se tudo apenas vive para morrer ou se morre para renascer" Yourcenar

"No coração humano, os prazeres não mantém entre si as relações que os desgostos aí conservam; as novas alegrias não fazem renascer as antigas, mas as dores recentes reverdecem as outras" Ronsard

"O sol pode-se pôr e renascer; / para nós, quando a breve luz se apaga, / resta uma única eterna noite para dormir" Catulo

A ave fênix, em grego phoenikopteros, é um pássaro mitológico do tamanho de uma águia, com penas nas cores roxo, alaranjado, azul e amarelo incandescente, que se consumia pelo fogo a cada quinhentos anos, para em seguida renascer de suas próprias cinzas. A nova ave recolhia então o cadáver de sua progenitora, o introduzia em em tronco de mirra oco e voava com ele até Heliópolis, a cidade do sol no sul do Egito, onde os sacerdotes ofereciam aqueles restos ao deus Sol.

Esta lenda foi associada a numerosas concepções sobre a ressurreição e a vida futura, vinculadas também com a crença na purificação pelo fogo. O nome provém do grego phoinikos, que nos chegou através do latim phoenix. Alguns etimólogos creem que o nome grego se deriva de phoenicia, que era tanto o nome do país dos fenícios, como também as tintas de cor púrpura que eles fabricavam. Com efeito, phoenikopteros significa "ave de cor púrpura".

Nos dias de hoje, quando uma pessoa ou instituição que estão decadentes ressurgem subitamente, costuma-se dizer que "renascem de suas cinzas, como a Fênix". Em inglês arcaico, antes de 1150, este nome era escrito fenix, porém em começos do século XVI a grafia inglesa foi reformulada para igualá-la à latina Phoenix.

ÓLEOS ESSENCIAIS PARA RENASCER, RENASCIMENTO, RENOVAÇÃO.

- Jatamansi: O óleo essencial do renascimento

Nardostachsys jatamansi

Sin: Nardostachsys grandiflora

Família: Valerianaceae.

Sinônimos populares: muskroot, nardo, spikenard.

Etimologia: não foram encontradas informações significativas sobre a etimologia.

Origem: nativo de várias regiões nos Himalaias (Tibete, norte da Índia e Nepal). Cresce em altitudes entre 3000 e 5000m.

Parte utilizada: raízes e rizomas secos picados. As raízes e rizomas são colhidos, lavados e secos à sombra.

Forma de extração: destilação a vapor.

Coloração do Óleo Essencial: pode variar entre o âmbar, verde e azul profundo.

Características botânicas: essa planta cresce aproximadamente até 1m de altura. As folhas são longas e sésseis, apresentando 15 a 20cm de comprimento e 1,5 a 2cm de largura, crescem em volta de uma única haste florida. As flores vão do rosa ao branco pálido. Os frutos são ovais entre 2 a 7cm de tamanho, crescem no ápice do vegetal. As raízes são escuras, longas, amadeiradas, cabeludas, fortes, vigorosas e fortemente aromáticas. Os rizomas também são aromáticos com gosto amargo.

Cultivo: a deficiência de informação do cultivo desta planta torna difícil seu estabelecimento em áreas de extração. Por isso, essa planta está sendo considerada uma espécie ameaçada. Gosta de solos drenados, podendo ser arenosos, pedregosos ou argilosos. Preferem crescer protegidas da exposição solar direta, em solos sombreados ricos em nitrogênio e carbono. Em outubro, início do inverno nos Himalaias, as folhas amarelam, quando as partes aéreas morrem. Rizomas e raízes são soterradas pela neve durante todo o inverno. A planta regenera-se do rizoma na próxima primavera.

História: esta herbácea tem sido usada pelo homem desde os primórdios dos tempos. Considerada uma das 11 ervas sagradas mencionadas para uso como incenso no velho testamento. Era usada nos tempos antigos para untar os pés de pessoas reverenciadas. O óleo essencial extraído desta planta é um dos principais ingredientes das formulações da medicina ayurvédica desde tempos imemoriais. Outras civilizações como a egípcia e a romana também o utilizaram. Foi mencionado na Bíblia e nas Elíadas (poemas de Homero). Plínio, em seu livro História Natural, publicado entre 77 e 79 aC, descreveu 12 espécies de jatamansi.

Jatamansi foi considerado um fruto proibido do Jardim do Éden por muito tempo na Europa. A Bíblia cita esse óleo como o óleo utilizado por Maria Madalena na unção dos pés de Jesus Cristo antes da Última Ceia.

Aromacologia - potencial energético emocional:

“Óleo Essencial do renascimento”

Aroma equilibrador do sistema nervoso, conhecido por dar suporte na liberação de traumas profundos incrustados no subconsciente.

Muito utilizado no processo de reconciliação dos episódios traumáticos da vida. Traz um sopro de doçura e relaxamento com a oportunidade de fazermos as pazes com aqueles que nos magoaram ou com aqueles pelos quais nos sentimos magoados. É um aroma com potencial de perdão através do amor, como também um aroma que ajuda o rompimento do elo que nos liga a emoções que temos medo de liberar.

Seu propósito é liberar o passado das amarras criadas por nós mesmos, essas que implacavelmente nos restringem à ações repetidas que afetam nossa liberdade espiritual.

Excelente aroma na preparação do espírito para a separação do corpo físico. Permite a liberação dos medos do desconhecido, aportando coragem para o passo adiante.

Indicado para apaziguar dores profundas e depressão. Para resgatar o amor próprio após rompimentos afetivos ou momentos de extrema tensão e preocupação.

Auxilia o contato com as potencialidades, com sentimentos escondidos, inconscientes, velados.

Possibilita a criação de uma atmosfera devocional.

Como potencial de cura emocional é um agente desestressante, que aporta coragem, perdão, segurança, calma, desapego, centramento, equilíbrio e capacidade de resolução.

Propriedades terapêuticas e principais indicações: antisséptico, analgésico, digestivo, carminativo, hepatoestimulante, diurético, vermífugo e expectorante.

Benefícios segundo o uso popular: é citado na bibliografia como um óleo essencial com potencial de auxiliar em desordens neurológicas do sistema nervoso central (SNC), como epilepsia e convulsões, ajudando a acalmar ataques de epilepsia apenas até chegar ajuda especializada.

Encontramos inúmeras citações de seu uso no combate ao stress, enxaqueca nervosa, insônia e arritmia cardíaca de origem nervosa, devido a seu potencial de equilibrar o sistema neurológico.

Coadjuvante na regulação da pressão sanguínea e combate a pressão alta.

Relatos na medicina popular incentivam o uso desse aroma como agente antioxidante. Em difusão ambiental, banhos, escalda pés e massagens aromáticas, pode ajudar casos de amnésia, alzheimer, parkinson e isquemia cerebral.

Apresenta atividade anti depressora via receptores GABA. Diminui GABA, aprimorando o processo cognitivo, o aprendizado e a memorização em jovens e velhos. O processo da atenção também é favorecido pela capacidade das moléculas aromáticas desse Óleo Essencial induzirem à transmissão de acetilcolina para o cérebro.

Acalma hiperatividade, inquietude e agressão infantil.

Restaura os níveis da enzima peroxidase. Por isso é descrito como agente hepatoprotetor.

Anti-inflamatório e expectorante. Ajuda a acalmar a tosse, asma e bronquite.

Auxilia a equilibrar as funções normais da pele, de grande auxílio em alergias, inflamações e coceiras.

Cosmetologia: diminui a queda de cabelos, útil em formulações de combate a queda capilar. Também usado como agente antitranspirante em desodorantes. Em cremes e loções restaura o brilho e a beleza da pele madura e ressecada.

Toxicidade: não foram encontrados dados de efeitos severos em relação a toxicidade deste Óleo Essencial na literatura.

Contraindicações: devido a ação hormonal deste Óleo Essencial não recomenda-se seu uso durante a gestação e amamentação.

Formas de uso:

Massagem para acalmar o nervosismo: adicionar 45 gotas de Óleo Essencial de jatamansi em 120ml de Óleo Vegetal de gergelim. Massagear o couro cabeludo;

Massagem para incentivar o crescimento capilar: prepare uma sinergia vegetal com 30ml de Óleo Vegetal de abacate, 30ml de Óleo Vegetal de argan, 50ml de Óleo Vegetal de castanha do Brasil, 5ml de Óleo Vegetal de pracaxi e 5ml de Óleo Vegetal de jojoba. Adicionar 45 gotas de Óleo Essencial de jatamansi nessa sinergia vegetal. Massagear o couro cabeludo 1x por semana. Deixe agir por 2h, depois lave os cabelos com seu shampoo preferido.

- Pinho: O óleo da Libertação

Ele é um OE de libertação porque solta nossas amarras da auto sabotagem.

Sabe aquela ideia que aparece às vezes, de que a gente não merece as coisas? Quando a gente se sente culpada por tudo que acontece? O OE de Pinho vai justamente nesse ponto. Ele é capaz de nos esclarecer tudo isso, desembaçar a nossa visão torta sobre algumas situações.

Como age o OE de Pinho?

O Pinho age em todo os campos de atuação possíveis em um OE. Física, mental e vibracional.

O Oe de Pinho é especialíssimo. Ele é considerado o OE do renascimento, o que não é pouca coisa). O pinho também traz resultados muito bons em questões de mágoas, é tido como o OE do perdão. Ajuda a entendermos melhor a situação e a termos empatia para perceber os motivos das outras pessoas (falamos disso aqui).

O óleo essencial de pinheiro ajuda a se livrar do mau poder destrutivo. Ele abre novos fluxos de energia e ajuda a compreender a si mesmo.

Um especialista em psicologia americano, Loren Toussaint, e sua equipe conduziram uma pesquisa que envolvia o estresse e as doenças causadas por ele, procurando entender a ligação que há entre saúde e perdão. E o resultado foi: O perdão ELIMINA a conexão entre estresse e doença.

Na pesquisa, jovens responderam a perguntas relativas ao seu nível de stress e também a facilidade de perdoar, além de questões sobre saúde física e mental. Nas avaliações das respostas, os pesquisadores confirmaram que mesmo as pessoas muito estressadas, se tiverem facilidade para perdoar, não desenvolvem problemas físicos e mentais em função do estresse.

É como se o perdão protegesse o corpo do estresse, dando vasão a sentimentos ruins como o ódio e a mágoa e deixando a pessoa leve emocionalmente e mais saudável fisicamente.

Agora você precisa de uma ajudinha pra que o perdoar seja mais fácil. E há um óleo essencial que pode te auxiliar muito nesse ponto: Pinho!

O óleo essencial de pinho, no campo vibracional, é conhecido por ser capaz de estimular o perdão a si e aos próximos. Em livros antigos de perfumaria ele é descrito como uma Benção Divina, capaz de resolver traumas e proteger quem o utiliza, além de conter o poder do perdão.

Esse óleo essencial é realmente poderoso. Um tratamento aromaterapêutico com ele “lava a alma” profundamente, sendo capaz de eliminar a culpa, o ressentimento, a raiva, a autopunição, a angústia. Retira as máscaras de forma carinhosa, trabalha a auto-aceitação e a coragem de ser quem se é.

Todas essas funções fazem dele um OE incrível para a limpeza, em todos os aspectos. Fisicamente, limpa o ambiente e cuida de problemas respiratórios como rinite, sinusite, resfriados, entre várias outras coisas. E no plano vibracional ele limpa também, tira da nossa mente os pensamentos obsessivos, a autopunição, vitimização. Relaxa aquele peso dos ombros e nos deixa mais abertos para o mundo, para receber o que nos é oferecido. E aí vem a libertação.

- Murta: O óleo do equilíbrio Yin e Yang

Compreensão das formas de energias. Compreender a natureza impermanente da matéria resolve o conflito entre a imortalidade da Alma e a impaciência da personalidade. Memórias de vidas passadas praticando a antiga arte da metamorfose nos recordam de como usar e evocar o poder contido em inúmeras formas.

Os aspectos masculinos e femininos se equilibram, transformando suas essências em um estado de androginia. Equilibrar os traços interiores feminino e masculino facilita a emergência da unidade, fazendo-nos alcançar a harmonia ao resolver conflitos e confusões internas. Reconhecer as características das várias formas permite que frequências vibracionais mais elevadas de luz e amor sejam assimiladas.

Equilibrar as energias masculina e feminina gera a habilidade de se apresentar a energia apropriada para cada situação. O chacra da coroa se alinha com todos os chacras, permitindo que o conhecimento dormente armazenado em cada chacra seja usado como um recurso.

ENERGÉTICA DO ÓLEO: A árvore da Murta exibe a beleza graciosa das formas masculina e feminina nela contidas. Sua energia traz ambos os aspectos para um estado de equilíbrio, fundindo energeticamente as essências separadas em um estado andrógino. Utilizar o óleo de Murta nos ajuda a recordar de vidas passadas como o gênero oposto.

Sua essência nos ajuda a compreender a consciência da forma, e nos inspira uma apreciação da graça e da beleza individual que cada forma contém. Isso promove a rememoração da antiga arte da metamorfose. As lendas contam que essa era uma habilidade mágica de se transmutar a consciência na de um animal, uma planta ou uma pedra, para se destrancar os segredos da energia e do conhecimento da forma dada. Essa compreensão da forma que a Murta induz traz um entendimento maior sobre a natureza transformadora da matéria: que tudo é o ciclo de uma forma em outra. Ela propicia tomadas de consciência sobre a mortalidade e a relação entre a vida e a morte. Seus usos já incluíram a comunicação com os mortos. No presente, sua energia poderia ajudar imensamente nas terapias de renascimento.

O óleo de Murta ajuda na assimilação de frequências mais elevadas de luz, o que facilita a percepção dos níveis profundos de consciência em todas as coisas – seja um lugar, uma criatura, planta, animal ou objeto inanimado. As vibrações promovem um maior entendimento do que significa fundir-se na unidade, assim como o que significa verdadeiramente o estado de individualidade.

A história bíblica conta que Deus permitiu a Adão e Eva que levassem com eles a árvore da Murta no êxodo do Éden. Nos tempos bíblicos, mulheres judias usavam uma grinalda de folhas de Murta para simbolizar o matrimônio. Seu óleo estimula as memórias de vidas passadas sumérias, já que sua árvore corporifica a Maria sumeriana, a Mãe do Paraíso. A deusa Afrodite também amava grandemente a árvore da Murta, e a energia do amor está purificada na essência de seu óleo.

UTILIZAÇÃO DO ÓLEO PARA A TRANSFORMAÇÃO: Massageá-lo sobre o ponto reflexo da hipófise nos pés ajuda a mover a energia estagnada do local. Encontre o ponto no centro do dedão do pé e estimule-o com uma pressão firme enquanto respira profundamente. Esfregar o óleo na base do crânio também ajuda no estímulo de memórias.

Para energizar o corpo espiritual, massageie-o sobre a sétima vértebra cervical, na base do pescoço e dos ombros. Esse ponto alinha as estruturas dos corpos. Às vezes, um indivíduo experimenta transvazamentos dimensionais, confundindo o próprio corpo sobre qual é a realidade em que se está presente. Para trazer a energia de volta ao momento presente, massageie-o sobre a sétima vértebra do indivíduo, enquanto o balança para frente e para trás.

Para começar a aprender a metamorfose, medite com o óleo de Murta e firme sua intenção em um problema específico ou em um objeto, como um cristal, forma geométrica ou animal, de forma a se engajar com o poder interior que essas formas podem desbloquear.

PRECAUÇÕES: Trata-se de um óleo praticamente não irritante; para se certificar, faça o teste de sensibilidade. Dilua à razão de 15 a 30 gotas em 50 mL de óleo carreador.

- Lemongrass: O óleo da renovação.

Cymbopogon citratus

“Óleo Essencial da renovação”

Família: Poaceae.

Sinônimos populares: erva cidreira, capim santo, capim limão.

Etimologia: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.

Origem: Índia e Malásia.

Parte da planta utilizada: partes aéreas.

Forma de extração: destilação a vapor das partes aéreas. A planta deverá estar parcialmente seca. O ideal é que seja colhida e colocada para secar por 3 a 4 dias.

Rendimento: 50 kg de erva seca/1kg Óleo Essencial. (Werner, 2007). Nascimento et al. (2003), estudando o efeito do horário de corte do capim santo (Cymbopogon citratus), verificaram que para obter maior rendimento do óleo o mesmo deve ser colhido entre 9 e 11h da manhã.

Característica da planta: o gênero Cymbopogon possui aproximadamente 60 espécies aromáticas cultivadas em regiões tropicais. Algumas destas espécies são muito utilizadas na medicina popular.

Existem duas variedades de lemon grass, essas produzem Óleo Essencial com diferentes concentrações de citral, o aldeído responsável pelo seu aroma. Segundo Franchomme & Pénoël (2002), o Cymbopogon flexuosus é produzido na Índia e possui menor concentração de citral (60-85%). O outro é o Cymbopogon citratus produzido nos EUA, África, Índia e Brasil, com maior concentração de citral (79-86%). Encontra-se dados de que a maior parte do citral do Cymbopogon flexuosus produzido na Índia é retirado do Óleo Essencial e vendido separado.

Este é o 15º Óleo Essencial no ranking de vendas internacionais.

Propriedades terapêuticas e principais indicações:

Na farmacopéia indiana, o lemon grass é tradicionalmente utilizado como antídoto contra doenças infecciosas como cólera, malária e para acalmar estados febris. (Willem, 2007).

De acordo com Dupont (2002), o lemon grass cresce em estado selvagem na África, principalmente no Congo, onde é utilizado nas três fases do combate a malária.

Repele o nosquito, tonifica o fígado e ameniza os sintomas da febre.

Tonifica o fígado e estimula a eliminação de toxinas hepáticas. É neste órgão que o parasita (Plasmodium malariae e P. falciparum) deverá passar antes de entrar na corrente sanguínea e infectar todo o organismo.

Apresenta propriedade antifebrífuga (antipirética).

Repele o mosquito.

O componente mais importante do Óleo Essencial de lemon grass é o citral. Este composto químico que apresenta fenômeno de isomeria espacial, dando origem a dois compostos químicos diferentes o geranial (trans-isômero Citral-A) e o neral (cis-isômero Citral-B).

Os isômeros cis e trans diferem na fórmula espacial. No isômero cis, os ligantes iguais ficam do mesmo lado do plano da dupla ligação. No isômero trans, os ligantes iguais ficam em lados opostos ao plano da dupla.

Citral fórmula plana: C10H16O.

O geranial tem um odor forte de limão. O neral tem o odor mais doce e menos intenso de limão.

Neste Óleo Essencial encontramos ainda um hidrocarboneto monoterpênico, conhecido como mirceno, o qual é atribuído sua atividade analgésica. À presença do citral atribui-se ação calmante e espasmolítica comprovada pela liberação do mediador prostaglandina PGE2, ocasionando a analgesia (MATOS, 2000). Segundo Franchomme & Pénoël (2002), pesquisas japonesas demonstraram que os receptores olfatórios do citral são eficientes para ajudar os fumantes a se desacostumarem do tabaco, diminuindo os efeitos da tensão resultantes da síndrome de privação.

Este Óleo Essencial apresenta ainda além da ação analgésica, ação anti-inflamatória local. Relaxa e desinflama a musculatura. Auxilia o alívio da dor aguda pós-operatória e dor neuropática do nervo ciático.

Torna os músculos mais flexíveis, pois auxilia na eliminação do ácido lático. Tonificante muscular usado para tratar a flacidez da pele decorrente de dieta alimentar e/ou falta de exercício físico.

Estimula a secreção das glândulas digestivas, combate a má digestão, ajuda a desintoxicação hepatobiliar, estimula a excreção da bílis, fortalece as funções de eliminação do organismo.

Regula o fluxo do trânsito intestinal.

Trata enxaqueca e ressaca.

Antidesmineralizante. Atua como coadjuvante em tratamentos de combate a osteoporose. (Willem, 2007).

De acordo com Terentine (1995), este Óleo Essencial é recomendado durante a gestação e lactação pois apresenta propriedades galactogênicas, isto é, estimula a produção do leite materno.

Antisséptico aéreo, auxilia no combate a doenças respiratórias contagiosas.

Fungicida, usado para tratar micoses cutâneas, inguinais e ataques de fungos em grãos. (pequenas doses).

Diminui a oleosidade do couro cabeludo; Anticaspa.

Bacteriostático, usado para controlar a transpiração excessiva.

Repelente de insetos.

Na bibliografia encontramos uma curiosidade em relação a ação do Óleo Essencial de lemon grass, em relação a ação junto ao sistema nervoso. Conforme pesquisa bibliográfica e publicações científicas, em alguns momentos cita-se a propriedade relaxante e sedativa do sistema nervoso, em outros cita-se a propriedade estimulante da concentração e revitalizadora nervosa.

Este Óleo Essencial é composto basicamente de 70 a 85% de aldeídos terpênicos, moléculas que segundo a teoria da eletronegatividade molecular sugerida por Franchomme & Pénoël (2002), apresentam propriedades anti-inflamatórias primárias, calmantes do SNC e antissépticas aéreas. Porém, o aldeído terpênico presente na composição deste Óleo Essencial é o citral, que é o menos eletronegativo de todos os aldeídos, apresentando certa carga de correntes positivas, podendo ser considerado um adaptogênico.

Deve-se também levar em consideração, analisando este Óleo Essencial, de que os aldeídos terpênicos assim como as cetonas, apresentam atividade bifásica, com efeito inicial estimulante, tornando-se calmantes em doses mais elevadas ou contínuas. Entretanto, os aldeídos terpênicos não apresentam nenhuma neurotoxicidade como as cetonas.

Acredito, ser devido a este fator de atividade bifásica, que em algumas bibliografias como Franchomme & Pénoël (2002), Baudoux (2006), Corazza (2002), Trentini (1995), encontramos que o lemon grass é sedativo e calmante do SNC sendo indicado para combater insônia, nervosismo e estados de estresse crônico, podendo ser usado à noite no auxílio ao relaxamento e ao sono profundo. Já em outras bibliografias como Sellar (2002), Amaral (2009) e outros, este Óleo Essencial é citado como revitalizante, tônico geral do organismo, ativador da memória e da concentração, sendo seu uso indicado em ambientes de trabalho onde necessita-se de uma atmosfera motivadora e criativa como em salas de estudo para facilitar a concentração, memorização e absorção do conteúdo estudado.

Após da análise de vários autores, conclui-se que o lemon grass é um adaptogênico nervoso. Entretanto, deve-se observar a dose do uso deste Óleo Essencial, pois este inicialmente desperta a mente e revitaliza o corpo, porém na medida que se aumenta a dosagem e o tempo de uso, pode causar efeitos inversos de relaxamento, indução ao sono e sedação.

Este Óleo Essencial possui forte ação vasodilatadora, o que o torna um excelente Óleo Essencial para hipertensão. No entanto, pessoas com pressão sanguínea baixa (hipotensão), devem estar atentas ao seu uso durante o trabalho e o estudo. Pessoas com pressão sanguínea alta (hipertensos) podem ser beneficiadas com as propriedades revitalizantes mentais deste Óleo Essencial.

Componentes moleculares:

Hidrocarboneto monoterpênico: 11% limoneno, mirceno;

Aldeído monoterpênico: 75% citral (33% neral e 42% geranial) - fungicida e antialérgico, 14,5% citronelal;

Álcool monoterpênico: 2% alfa-terpineol, 2% borneol, 1,5% geraniol, 1,5% nerol;

Álcool sesquiterpênico: 10% farnesol – bacteriostático na conservação de alimentos estocados;

Aldeído sesquiterpênico: 3% farnesal.

Toxicidade: dermoagressivo.

Contraindicações: desaconselhável para hipotensos e hiperplasia prostática.

Aromacologia: “Óleo Essencial da renovação”

Com doçura e simplicidade o aroma deste Óleo Essencial é um elixir para o coração, nos faz perceber que somos o resultado de nossas escolhas. Grande auxílio na aceitação e responsabilização pelas experiências vivenciadas, liberta da miséria e vitimização. Este Óleo Essencial é indispensável na busca da liberação das mágoas e cargas negativas que envolvem questões do passado.

Fortalece a prática do perdão, encorajando o perdão daqueles que nos feriram e o autoperdão, trazendo renovação psíquica e energética.

Desarma o ímpeto de agressão para consigo mesmo e para com os outros. É um importante companheiro da melhor idade, onde o tempo permite a reflexão dos fatos vivenciados ao longo da jornada.

Formas de uso:

Armazenamento de alimentos: pingue algumas gotas de Óleo Essencial de lemon grass num chumaço de algodão no local onde se guarda e estoca alimentos para combater a proliferação de microorganismos;

Aromatização ambiental de trabalhos terapêuticos profundos: pingue 4 gotas de Óleo Essencial de lemon grass no difusor de aromas;

Bromidrose (chulé): pingue 2 gotas de Óleo Essencial de lemon grass nos sapatos, tênis, etc;

Combate a acne e micoses: adicione 3 gotas de Óleo Essencial de lemon grass em uma colher de óleo vegetal de jojoba e aplique na área afetada. Tome cuidado com a região aplicada pois este Óleo Essencial é extremamente dermoagressivo;

Desinfetante: pelo seu excelente desempenho bacteriostático é indicado para limpeza da casa. Pingue 3 gotas de Óleo Essencial de lemon grass para a limpeza de vasos sanitários, 5 gotas na água do balde para limpeza da casa, para a limpeza de pias de cozinha, tábuas de carne e ainda algumas gotas de Óleo Essencial de lemon grass poderão ser adicionadas a água de limpeza de legumes e frutas para matar vermes e bactérias. Este Óleo Essencial possui um efeito tão bom quanto o cloro e menos prejudicial à saúde. Com apenas algumas gotas é possível fazer a assepsia de toda casa e ainda deixá-la com um cheiro maravilhoso de natureza;

Desodorante: em uma embalagem spray de 120ml misture 80ml de álcool de cereais e 35ml de água deionizada, adicione 5 gotas de Óleo Essencial de lemon grass, 10 gotas de Óleo Essencial de lavandin, 10 gotas de Óleo Essencial de tea tree, 20 gotas de Óleo Essencial de alecrim qt. cineol, 5 gotas de Óleo Essencial de sálvia sclarea e 10 gotas de Óleo Essencial de lavanda francesa;

Difusão ambiental para incentivar o perdão: adicione ao difusor ambiental 2 gotas de Óleo Essencial de lemon grass, 3 gotas de Óleo Essencial de may chang, 2 gotas de Óleo Essencial de manjericão e 4 gotas de Óleo Essencial de ho wood;

Fricção na sola dos pés para controlar a hipertensão: friccione 2 gotas de Óleo Essencial de lemon grass na planta de cada um dos pés;

Para controlar hipertensão: pingue 2 gotas de Óleo Essencial de lemon grass no colar aromático.

Fontes:

http://examine.com/supplements/Nardostachys+jatamansi/, Terra-flor aromaterapia, Harmonie aromaterapia, Laszlo aromaterapia.