NOME
INDIGENA: Guabiroba vem do tupi guarani e significa “fruto da casca amarga”
característica bem notória para qualquer pessoa que mastigar a casca desse
fruto. É chamada popularmente de guabiroba de Porco (Porque o porco do mato
gosta de comer) ou Guabiroba.
Origem:
Ocorre na floresta sem decídua (que perde as folhas no inverno), sempre em
solos mais úmidos presente em toda a bacia do Rio Paraná desde Minas Gerais até
Santa Catarina, Brasil.
Características:
Árvore de 8 a 20 metros de altura com tronco reto de 30 a 50 cm de diâmetro,
com casca sulcada, descamante e de coloração cinza escura. A folha é papirácea
(textura de papel) e medem 4 a 10 cm de comprimento por 2 a 4,5 cm de largura.
A base é cuneada (tem forma de cunha) e o ápice é apiculado (com ponta curta).
As flores nascem em pedúnculos (haste ou suporte de até 2,5 cm de comprimento)
axilares ou laterais. Cada flor mede de 1,7 a 2,3 cm de diâmetro quando
abertas, são actinomorfas (com vários planos passando num mesmo eixo), com
cálice (invólucro esterno) com 5 lobos ou recortes agudos; e corola (invólucro
interno) com 4 a 6 pétalas orbiculares (arredondadas) e brancacentas. O Fruto é
uma baga de 2 a 3 cm de diâmetro com casca fina e polpa de cor laranja.
Árvore
de crescimento rápido e muito resiste a geadas de -3 grau, vegeta bem em
qualquer altitude. O solo pode ser profundo, bastante úmido (nunca submerso),
com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) com pH neutro e rico em
matéria orgânica. A arvore inicia a frutificação a partir do 6 ano.
As
sementes são de cor alaranjadas e bem semelhantes a uma ferradura. São
recalcitrantes (perde o poder germinativo rapidamente) mais germinam em 30 a 60
dias se forem plantadas em substrato rico em matéria orgânica. As mudas atingem
30 cm com 8 a 10 meses de cultivo.
Pode
ser plantada a pleno sol como em bosques com arvores grandes bem espaçadas.
Abra covas num espaçamento de 6 x 6 m;
com dimensões de 40 cm de largura, altura e profundidade, misturando a terra da
superfície com 500g de calcário, 1 kg de cinzas e 8 kg de matéria orgânica bem
curtida, deixando curtir por 2 meses. A melhor época de plantio é de setembro a
outubro. Depois de plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses,
depois somente se faltar chuva por mais de 1 mês.
Fazer
apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do
tronco ou estiverem atrapalhando a formação da copa. Adubar com composto
orgânico, pode ser 6 kg de matéria orgânica bem curtida + 30 g de N-P-K
10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 4ª ano.
Frutifica
de janeiro a inicio de março. Os frutos são consumidos in-natura, ou usados
para fazer sucos, geleias ou sorvetes. As arvores não devem faltar em
reflorestamentos de preservação permanente, pois seus frutos alimentam diversas
espécies de pássaros e outros animais.
Potencial
uso como anestésico, em alergias respiratórias (rinites crônicas), alzheimer e
outros.
O
raro óleo essencial destilado das folhas da guaviroba possui mirtenal (3%),
mirtenol (6%), pinocarveol (3%), a-pineno (29%), limoneno (9%) e a-terpineno
(3%). Estes compostos dão ao óleo um aroma exótico, com um toque de rum ao
fundo, principalmente quando envelhecido. Uma exótica opção para quem gosta de
fazer perfumes.
O
componente mirtenal do óleo mostrou-se um potente inibidor da
aceticolinesterase, o que indica potencial de uso deste óleo essencial na
melhora dos sintomas do Alzheimer1. Óleos que contenham mirtenal são raros,
além de que este composto também mostrou potencial terapêutico no câncer do
fígado2.
Muitas
pessoas relatam benefícios de problemas respiratórios (alergias), ação calmante
e ansiolítica para este óleo essencial. Uma pesquisa3 mostrou que os compostos
mirtenol e pinocarveol mostram capacidade de agir em receptores do
neurotransmissor GABA de forma similar a anestésicos, confirmando estes efeitos
do óleo de guaviroba, além dele poder ser útil também como um relaxante muscular
e analgésico local.
Dica
de fórmula para alívio de tensão muscular e analgesia:
Guaviroba
OE 0,5%
Plai
0,5%
Colônia
0,5%
Eucalipto
radiata 0,5%
Pindaíba
ou cape may 0,5%
Artemísia
branca 0,5%
Misture
em base composta pelos óleos de palmiste 30% e linhaça 67%. Massageie o local
1-3X ao dia.
O
óleo de plai é um analgésico que atua em canais de cálcio. A pindaíba ou o cape
may são analgésico similares à dipirona. O óleo de colônia de java age
esquentando na massagem e promovendo relaxamento das fibras musculares e nervos
periféricos. A artemísia branca rica em beta-tuiona se mostrou em estudos ser
tão potente quanto o THC na analgesia via canais opióides. A guaviroba age em
receptores GABA como anestésico. O eucalipto aumenta a penetração destes ativos
e sua eficácia de forma sinérgica. Palmiste e linhaça são carreadores
antiinflamatórios.
Fontes:
Wikipédia, Laszlo.
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