LAVANDAS

LAVANDAS

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

ÓLEO ABSOLUTO DE MATE “ERVA-MATE” – Ilex paraguariensis – AQUIFOLIACEAE



Nome Botânico: Ilex Paraguariensis
Origem: Brasil
Parte da Planta: Folha
Forma de Extração: Via solvente

A erva-mate (Ilex paraguariensis), também chamada mate ou congonha, é uma árvore da família das aquifoliáceas, originária da região subtropical da América do Sul. É consumida como chá (quente ou gelado), chimarrão ou tereré no Brasil, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai, na Bolívia e no Chile.


"Mate" deriva do termo quéchua mati, que designa o recipiente onde é bebido o chimarrão. "Congonha" deriva do tupi kõ'gõi, que significa "o que mantém o ser".

O nome científico Ilex paraguariensis foi dado em 1820 pelo botânico francês Auguste de Saint-Hilaire após entrar em contato com a planta pela primeira vez no Paraguai. Depois de descobrir que era na região do Paraná que a erva crescia em maior quantidade e qualidade, ele se retratou dizendo que deveria tê-la nomeado Ilex brasiliensis.

Pode atingir doze metros de altura. Tem caule cinza, folhas ovais e fruto pequeno e verde ou vermelho-arroxeado. As plantas só se reproduziam por meio de pássaros da região, que ingeriam o pequeno fruto e defecavam sua semente já escarificada. A plântula é muito sensível ao sol, tanto que, mesmo no plantio moderno, a técnica exige sombreamento até que a planta atinja alguma maturidade.

Atualmente, existem viveiros que produzem mudas de variedades selecionadas, cujo plantio é feito com técnicas especiais em grandes hortos. Para facilitar a colheita anual dos ramos, a árvore é severamente podada para manter-se com não mais de três metros de altura. Dessa forma, evitam-se plantas altas que dificultem a colheita das folhas jovens, consideradas nobres na infusão do chá-mate. Outra prática bastante popular no planalto curitibano, habitat original da erva-mate, é conciliar o plantio da araucária com o da erva-mate. Técnicas como
essas são comuns para um controle ambiental mais rígido e para evitar o desgaste do solo.

Até meados do século XX, o processo de produção, no Brasil, era semelhante ao método indígena para a obtenção do produto final, sendo as etapas divididas em corte, sapeco (chamuscamento) e secagem. Quanto à secagem, existem duas formas:

- o carijo, utilizando uma espécie de estrado, feito de varas e cipó, nos quais se colocavam as folhas, as quais deveriam secar durante 10 dias sobre um braseiro;
- o barbaquá, uma elaboração adaptada para uma maior produção, exigindo maiores investimentos do empresário, muito utilizado a partir do século XX. Neste processo, as folhas secavam com o calor transportado através de um túnel de alvenaria, sendo a fumaça desviada para que a mesma não deixasse gosto e cheiro na folha.
Por fim, ocorre o cancheamento (picotamento) e a separação das folhas.



Os guaranis da região nordeste da Argentina parecem ter sido os descobridores do uso da erva-mate. No século 16, os guaranis passaram este conhecimento aos colonizadores espanhóis, que o disseminaram por todo o Vice-Reino do Rio da Prata. A erva chegou a ser proibida no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerada "erva do diabo" pelos padres jesuítas das reduções do Guayrá. A partir do século XVII, no entanto, os jesuítas passaram a incentivar o seu uso pelos índios com o objetivo de afastá-los das bebidas alcoólicas.

Por volta de 1690, Anton Sepp, jesuíta austríaco, ao encontrar índios na Banda dos Charruas, conta: "(...) um deles pediu apenas um pouquinho de uma erva paraguaia que não é outra coisa senão as folhas secas de determinada árvore, moídas em pó. Esse pó os índios deitam na água e dele bebem (...)" Sabe-se assim que para além da utilização da erva-mate em folha também existe a sua utilização em pó (resultado da moagem da folha).

Em viagem ao sul do Brasil, o viajante e médico alemão Roberto Avé-Lallemant relatou, em meados de 1858: "É o mate a saudação da chegada, o símbolo da hospitalidade, o sinal da reconciliação. Tudo o que em nossa civilização se compreende como amor, amizade, estima e sacrifício, tudo o que é elevado e bom impulso da alma humana, do coração, tudo está entretecido e entrelaçado com o ato de preparar o mate, servi-lo e tomá-lo em comum."

No século XIX, o Paraguai se isolou dos outros países, proibindo a exportação de erva-mate para fora do país. Isto fez a Argentina e o Uruguai substituírem a erva-mate importada paraguaia pela brasileira, desenvolvendo, desta forma, o cultivo e o beneficiamento da planta em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Estudos detectaram a presença de muitas vitaminas, como as do complexo B, a vitamina C e a vitamina D e sais minerais, como cálcio, manganês e potássio. Combate os radicais livres. Auxilia na digestão e produz efeitos antirreumático, diurético, estimulante e laxante. Não é indicado para pessoas que sofrem de insônia e nervosismo, pois é estimulante natural. Contém saponina, que é um dos componentes da testosterona, razão pela qual melhora a libido. Pode ser usada verde ou tostada, no preparo de chás e chimarrão. Misturada com extrato de maracujá, pode ser usada como bebida quente ou gelada.

Existe uma errônea afirmação de que a erva-mate possui um efeito negativo no desempenho sexual masculino: todavia, na verdade a Ilex paraguariensis possui um forte poder afrodisíaco, sendo ingerido para combater a infertilidade e a impotência.

Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades benéficas ao ser humano, pois estão contidos nas folhas da erva-mate alcaloides (cafeína, teofilina, teobromina etc.), ácidos fólicos e cafeico (taninos), vitaminas (A, B1, B2, C, e E), sais minerais (alumínio[13][14][15], ferro, fósforo, cálcio, magnésio, manganês e potássio), proteínas (aminoácidos essenciais), glicídeos (frutose, glucose, sacarose etc.), lipídios (óleos essenciais e substâncias ceráceas), além de celulose, dextrina, sacarina e gomas.

O consumo da erva-mate está relacionado também ao poder que ela tem de estimular a atividade física e mental, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos, combatendo a fadiga, proporcionando a sensação de saciedade, sem provocar efeitos colaterais como insônia e irritabilidade (apenas pessoas sensíveis aos estimulantes contidos na erva-mate podem sofrer algum efeito colateral). A erva também atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmonizando o funcionamento bulbo medular. Age sobre o tubo digestivo, facilitando a digestão sendo diurética e laxativa. É considerada ainda um ótimo remédio para a pele e reguladora das funções cardíacas e respiratórias, além de exercer importante papel na regeneração celular.


Fontes: Wikipédia, Laszlo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário