Sinônimos:
Erva de são joão
Nome
Botânico: Ageratum conyzoides
Origem:
Brasil
Parte
da Planta: Erva
Forma
de Extração: À vapor da erva
Ageratum
conyzoides é uma espécie de planta com flor pertencente à família Asteraceae.
No Brasil é também denominada de mentrasto ou erva de são joão. Ageratum
significa "o que não envelhece".
Outros
nomes populares: erva-de-são-joão, camará-opela, catinga-de-barrão,
catinga-de-bode, catinga-de-borrão, celestina, erva-maria, erva-de-santa-lúcia,
erva-de-santa-luzia, erva-de-são-josé, maria-preta, mentraço, mentraz, mentruz,
picão-roxo, são-joão.
O
mentraste (Ageratum conyzoides) é uma erva que nasce espontaneamente em campos
e jardins em todo o Brasil. É conhecida na fitoterapia popular também com os
nomes de catinga-de-bode ou erva-de-São-João (não é o hipérico). Esta planta
tem tido seu consumo aumentado, a partir de sua inclusão na lista da Central de
Medicamentos da Anvisa (Resolução RDC nº. 10/2010 – Anexo I) e subsequente
comprovação de sua eficácia como analgésico e antiinflamatório.
É
um óleo essencial raro que está chegando recentemente ao mercado de
aromaterapia nacional incentivo privado de sua produção por parte da Laszlo. Os
compostos predominantes deste óleo essencial são o b-cariofileno (12-16%) e os
cromenos, principalmente precoceno I (60-75%) e precoceno II (<1-2%), que
causam metamorfose prematura em diversas espécies de insetos, levando à
formação de adultos estéreis. Desta forma, é um óleo muito útil à agricultura
orgânica, pois impede a proliferação de pragas, além de ter demonstrado
capacidade de reduzir o número de baratas e de carrapatos em bovinos e outros
animais.
Os
precocenos são também os princípios ativos responsáveis pela ação terapêutica
da planta, que no caso do OE estão em concentração algumas de vezes mais alta
que no chá. Pesquisas com ratos mostraram que esta planta possui significativa
atividade analgésica, antiinflamatória e antipirética (abaixa febre), não sendo
observada toxicidade gástrica.
Os
precocenos foram hepatotóxicos e nefrotóxicos em animais quando empregados via
oral apenas em doses extremamente altas (300mg/kg – aproximadamente 21 mL em um
homem com 70 kg). Estes compostos também mostraram-se poderosos antifúngicos.
Seu
OE pode ser empregado em massagens junto com outros óleos essenciais benéficos
para o alívio de dores e desinflamação.
ALÍVIO
DE DORES E DESINFLAMAÇÃO:
OE
Mentrasto (A. conyzoides) 1%
OE
Plai (Zingiber cassumunar) ou tea tree 1%
OE
Sucupira ou erva-baleeira 1%
OE
Orégano (O. vulgaris) 1%
Em
base de óleo de palmiste para massagem local.
ANTIPIRÉTICO
(ABAIXAR FEBRE):
OE
Mentrasto (A. conyzoides) 1 gota
OE
Pitanga (E. uniflora) 1 gota
OE
Hortelã pimenta (M. pipperita) 1 gota
Em
300ml de água. Molhar com compressa e passar na testa e região do peito quando
sob estado febril. Massagem corporal também, é indicado.
CONTROLE
DE PRAGAS:
OE
Mentrasto (A. conyzoides) 5 gotas
Em
um litro de água. Borrifar sobre plantas com lagartas, insetos e larvas
diversos. Pode ser jogada esta água em formigueiros, cupinzeiros e borrifado em
locais onde baratas transitam e botam ovos. Também pode ser borrifado sobre
animais infestados por carrapato e pulgas. Neste último caso, pode ser
associado a citronela na dose de 5 gotas também.
Referência:
de Castro, Henrique Guilhon et al. Teor e composição do óleo essencial de cinco
acessos de mentrasto. Quim. Nova, Vol. 27, No. 1, 55-57, 2004
Constituintes
químicos: resinas, mucilagens, ácido hidrociânico, alcalóides
vaso-constritores, saponinas, princípios amargos e taninos.
Os
óleos essenciais contém: a e b-pineno, mirceno, a e b-felandreno, sesquifelandreno,
cadina-1,4-diene, elemol, a e g-terpineno, r-cimeno, ocimeno, b-cariofileno,
eugenol, g e d-cadineno, a-tujeno, benzaldeído, sabineno, sabinenohidrato,
limoneno, 1-8 cineole, cis-b-ocimeno, terpinoleno, metileugenol, linalol,
a-terpineol, citronelol, b, g e d-elemeno, a-gurjuneno, a-cubebeno, a-copaeno,
b-bourboneno, a-bergamoteno, E-b-farneseno, a-humuleno, precoceno (cumarina),
germacrenoD, b-bisaboleno, nerolidol, spathulenol, epóxido de cariofileno,
dihidrometoxiencecalina, dihidroencecalina, encecalina; cromonas, benzofuranas,
flavonóides (ageconiflavona A, B e C); alcalóides pirrolizidínicos (equinatina
e licopsamina); flavonóides (eupalestina), fridelina, n-hentriacontano,
n-heptacosano, lideroflavona, nobiletina, n-nonacasona, quercetina, b-sisterol,
estigmasterol, n-ticarcontano, ageratocromeno, adineno,
dimetóxi-ageratocromeno.
O
exocarpo do fruto contém fitomelano.
Propriedades
medicinais: amarga, analgésica, antiblenorrágica, antidiarréica,
antidisentérica, antiespasmódica, antiinflamatória, anti-reumática, aperiente,
aromática, carminativa, cicatrizante, diurética, emenagoga, estimulante,
febrífuga, mucilaginosa, tônica, vasodilatadora.
Indicações:
afecções das vias urinárias, amenorreia, artrose, beribéri, bronquites, caspa,
catarros, cólicas e gases intestinais, cólicas uterinas, contusões, diarreia,
disenteria, dores musculares, estimulante do apetite, febres, ferimentos
abertos, gonorreia, gripes, hemorragias, perfumar e suavizar o cabelos,
pós-parto, menopausa, pneumatose do tubo digestivo, resfriados, reumatismo
agudo, rinite alérgica, sinusite, tensão-pré-menstrual, tosses.
A
planta atua sobre uma incrível diversidade de enfermidades e problemas e é
excelente para as mulheres, pois age diretamente sobre as cólicas menstruais e
atenua os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM) e também da menopausa.
Para
o intestino, em geral, a planta ajuda a eliminar os incômodos gases intestinais
e ajuda a relaxar o estômago durante o processo de digestão além de ajudar a
tratar a diarreia.
É
ótima no tratamento de doenças do sistema respiratório, como indo de simples
resfriados a gripes mais fortes e até casos de bronquite. Atua como
expectorante em casos de tosse com secreção (catarro) acumulada.
É
um ótimo cicatrizante natural e ajuda a aliviar as dores em gerais, desde as
dores causadas pela artrite àquelas mais localizadas provocadas por algum tipo
de contusão.
Pode
ser um “santo remédio” para quem sofre dos populares “ites”: rinite, sinusite e
alergias em geral. Basta ferver a planta e inalar por um curto período de tempo
para que haja um alívio dos sintomas.
Há
contraindicações?
Sim!
É importante prestar bastante atenção. Qualquer tratamento, mesmo que à base de
produtos inteiramente naturais, deve ser acompanhado por um médico responsável
ou um profissional especializado na área. A planta é contraindicada para
pessoas com diabetes e problemas hepáticos. Os tratamentos mais longos à base
de mentrasto devem ser interrompidos durante uma semana a cada mês e o uso de
altas doses por um longo período de tempo pode causar hipertensão arterial. Por
conter alcaloides pirrolizidínicos que são hepatotóxicos não se deve
ultrapassar as doses recomendadas.
Fontes:
Wikipédia, remediocaseiro.com, Laszlo.
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