LAVANDAS

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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

ÓLEO ABSOLUTO DE ROSA VERMELHA “ROSA DA GÁLIA” – Rosa Gallica – ROSACEAE



A rosa-rubra (Rosa gallica) é uma espécie de planta com flor, de forma arbustiva, pertencente à família das rosáceas. Tem folhas geralmente com cinco folíolos ovados ou orbiculares e flores grandes, de um tom vermelho vivo, é nativo de grande parte da Europa e uma parte da Anatolia, cultivado como ornamental e como medicinal. Cresce naturalmente nas Florestas Temperadas da Europa.

A Rosa gallica é um arbusto de folha caduca, ou seja, as folhas mudam de cor no outono, cai no inverno e só renova na primavera, as flores também brotam nessa estação. No verão a planta cresce. As hastes tem espinhos e cerdas glandulares. As folhas são pinadas, com três a sete folhetos verde azulado. As flores são agrupadas em 1-4 conjunto único com cinco pétalas, e é muito perfumado. Os quadris tem um diâmetro de 10-13 mm, seu formato é redondo à ovoide com uma cor laranja à castanho. As cores da flor na primavera variam do branco (raro) ao rosa, vermelho e roxo profundo. Todas as rosas do grupo Gallica só floresce uma vez ao ano e são facilmente cultivadas.


Também é conhecida pelos nomes de rosa-francesa, rosa-vermelha, roseira-francesa e roseira-rubra.

A rosa-rubra foi cultivada pela primeira vez pelos antigos gregos, romanos e celtas á cerca de 2000 a.C., e foi muito usado em jardins na Idade Média. As rosas rubras eram tal procuradas durante o século XVII que a realeza da época considerava as rosas ou água de rosas como moeda legal, e era muitas vezes usado como troca ou pagamento. Todo mundo, pobres e ricos, queria ter um jardim de rosas vermelhas e violetas no quintal de sua casa durante a primavera e o verão. A esposa de Napoleão, Josephine estabeleceu uma extensa coleção de rosas no Castelo de Malmaison, uma propriedade de sete milhas à oeste de Paris em 1800. Este jardim Tornou-se o cenário para a obra de Pierre Joseph Redoute como ilustrador botânico. Em 1824, ele completou sua coleção de aguarelas "Les Rose," que ainda é considerado um dos melhores registos de ilustração botânica. No século XIX, foi a espécie mais importante de rosa a ser cultivada, e a rosa europeia mais notável no mundo. Na época antiga, medieval e iluminista, um buquê de rosas rubras era considerado o melhor presente que qualquer pessoa pode ganhar.

Esse caso de amor pelo aroma de rosas não é de hoje. Fósseis encontrados apontam que há 35 milhões de anos uma primavera trouxe o primeiro botão de rosas ao mundo. Esta rosa selvagem tinha originalmente 5 pétalas, chamada de rosa gallica e é considerada a planta que deu origem as demais espécies com mais pétalas, como a rosa damascena e a rosa centifólia. Indícios apontam para a Pérsia como o local onde o mais doce aroma tenha motivado o homem a arar a terra e dominar o seu cultivo. Temos então um cenário onde, à partir da Pérsia, seu cultivo estendeu-se pelo Oriente Médio e, posteriormente, pelas mãos dos Gregos, chegou ao mediterrâneo propagando-se então pelo resto da Europa.

Mas o que faz da rosa um aroma associado ao feminino?

Vamos iniciar observando a planta e seus hábitos. O arbusto de rosa depende de uma condição fundamental: umidade. Muita umidade. Umidade em forma gasosa, visto que o solo pode ser bem drenado, sem afetar sua florada. Esta é uma condição encontrada, por exemplo, na cidade de Grasse, situada nos Alpes Marítimos, onde em artigo previamente publicado apontamos o ressurgimento de uma tradicional dedicação ao cultivo de rosa centifólia.

Nessa região da França meridional, as chuvas são escassas, mas a umidade soprada pelo vento à partir do mar Mediterrâneo, em conjunto com condições do solo, faz dela excepcional para o cultivo da rosa.

Outra característica feminina é o horário em que ocorre a exalação máxima do aroma na florada, entre 2h e 9h da manhã, sob a luz do luar. A colheita também deverá ser iniciada antes de alvorecer, quando a lua ainda poderá exercer sua influência com mais força.

Estas características fazem dela, tanto na forma de óleo essencial como de absoluto, o aroma mais yin dentre aqueles disponíveis para o Aromaterapeuta. Mesmo tendo imagens simbólicas que associam a rosa vermelha ao fogo da paixão, suas características são de fato refrescantes e calmantes. Desordens que tragam sintomas físicos de calor no corpo, inflamação ou secura, são aqueles onde a rosa poderá atuar com efetividade.

No plano psicoespiritual, sua aplicação ganha ainda mais relevância. Na Medicina Tradicional Chinesa existe um estado conhecido como distúrbio shen, caracterizado por uma “confusão da alma”, manifestada em ansiedade, insônia, manias, hipersensibilidade e dificuldade de concentração. Numa situação como esta, o corpo e o espírito “secam”, e a rosa restaura novamente a fluidez, harmonizando este estado psicoemocional.
 
O aroma de rosas, independentemente da forma ou espécie, também encontra uma grande utilidade em casos de pessoas com problemas associados a figura materna, onde houve abandono ou abuso. Nesses casos, normalmente a manifestação é uma pobre autoestima, insegurança sexual, medo de rejeição e uma grande dificuldade em ser capaz de nutrir a si próprio. Homens com dificuldade de conexão com sua própria energia feminina também encontram na rosa um recurso de muito valor.

No plano simbólico e mitológico a presença da rosa remonta à divindade feminina Ishtar, da Babilônia. A deusa grega Vênus também é associada à rosa. Em ambos os casos, estas deusas têm no pentagrama suas representações ideográficas, que por sua vez é associado às 5 pétalas da rosa selvagem, ou rosa gallica. Tanto a Vênus grega como a Afrodite romana, diferentes nomes para a mesma figura arquetípica da beleza e do amor, eram honradas em festivais que tinham a rosa como centro do ritual.

A tradição alquímica também reconhece as qualidade dessa flor. Os alquimistas persas da antiguidade são tidos como os primeiros a terem destilado o óleo essencial de rosa, nesse caso, a rosa centifolia. O símbolo da Vas Spirituale, ou útero sagrado de onde surgiu a Pedra Filosofal, era representado pela estilização de uma rosa vermelha (útero) com uma rosa branca (pureza) em seu interior.

Na tradição cristã também encontramos a associação da rosa com a Virgem Maria. As virtudes da mãe de Cristo - pureza, perdão e compaixão - são simbolizadas por ela, e é contado nas lendas e textos cristãos que durante as visões místicas dos devotos perante a Virgem Maria, um inebriante aroma de rosas podia ser sentido.

Todas essas imagens e associações fazem por fim concluirmos que, desde sempre, o aroma da rosa, qualquer que seja sua espécie ou forma de obtenção, é associado a todos os tipos de amor: físico, sexual, maternal, paternal, romântico, platônico, devocional e universal.

A Rosa gallica, que possui uma nota aromática mais quente que a Rosa damascena, possui um tom rubro-avermelhado em suas pétalas, sendo por isso também conhecida como Rosa rubra ou Rosa apotecária. É um óleo essencial raro!

Michel de Nostredame (ou o famoso Nostradamus) foi provavelmente o apotecário mais famoso da história. Um apotecário era um antigo profissional da medicina, que tratava doentes, fazia cirurgias, fabricava elixires, venenos, unguentos, pomadas e outros medicamentos, algo parecido com um farmacêutico de hoje. No princípio seus remédios não tinham base científica alguma, sendo feitos pela mistura de vários ingredientes nada convencionais (urina de rato, aranhas esmagadas, olhos de sapos...), mas com o tempo a profissão se tornou até mesmo regulamentada na Inglaterra, tendo suas pesquisas contribuído para o desenvolvimento das atuais ciências químicas e farmacêuticas.

Nostradamus tratava as vítimas da peste com comprimidos que ele fazia com pétalas de Rosa gallica (Rosa "Apotecária"). Ele mandava os doentes manterem sempre os comprimidos debaixo da língua e também alegava que o medicamento das rosas ajudava a combater o mau hálito e as cáries dentárias (talvez, pelo potencial antibiótico inerente ao óleo presente nas pétalas das rosas). Na idade média, os apotecários costumavam ter uma loja (chamada apoteca, ou botica, uma espécie de farmácia) onde estocavam os preciosos ingredientes de suas receitas, bem como os compostos preparados e prontos para venda. A Rosa gallica era um remédio presente nas apotecas antigas.

Acalma as emoções, especialmente em casos de depressão, mágoa, inveja, ciúme e ressentimento. Estimula o coração e alivia a tensão nervosa e o estresse. Um óleo extremamente feminino - proporciona à mulher sentimentos positivos em relação a si mesma.

A rosa-rubra possui ação adstringente e cardiontônico.
O chá desta planta traz benefícios e é indicado para o tratamento nos seguintes casos: Resfriados; Bronquite; Gastrite; Diarreia; Depressão (calmante);
No uso externo, o chá de rosa-rubra é empregado no tratamento de infecções oculares, dores de garganta, feridas leves e problemas de pele; Leucorreia; Aftas (óleo essencial); Antisséptico local; Atonia digestiva.

Como utilizar a rosa-rubra?
Esta planta pode ser utilizada de várias maneiras:
Chá (infusão) de pétalas de rosa; Água de rosas; Xarope de rosas;
Mel de rosas.

Chá de rosa-rubra
Para preparar o chá de rosa-rubra, basta adicionar três colheres de sopa da planta a ½ litro de água. Assim que a água alcançar fervura, desligue o fogo. Tampe o recipiente e deixe a solução abafada por cerca de 10 minutos. Após esse período, é só coar e beber. A indicação de consumo é de duas a três xícaras do chá ao dia.

Para tratar afecções da garganta e da boca, a indicação é fazer gargarejos, com a medida de 6 gramas da planta em um copo de água fervente.

Contraindicações
Nenhuma contraindicação foi encontrada na literatura consultada, mas lembre-se sempre de consultar um especialista antes de iniciar um tratamento com qualquer medicamento, ainda que natural.


Fontes: Wikipédia, Terra-flor, Laszlo, remédio-caseiro.com.

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